UM ANJO ME SALVOU DURANTE O INCENDIO NO EDIFICIO JOELMA

29/05/2011 14:56

Pastor lembra como escapou do trágico incêndio do edifício Joelma, há exatos 30 anos

Naquela sex

 

Pastor lembra como escapou do trágico incêndio do edifício Joelma, há exatos 30 anos

Na manhã daquela sexta feira, 1º de fevereiro de 1974, a cidade de São Paulo parou para assistir uma das piores tragédias de sua história. Eram 8h50 quando um curto-circuito num aparelho de ar condicionado provocou um incêndio no Edifício Joelma, plantado no centro da metrópole. Rapidamente, o fogo se alastrou a partir do 12º andar. No local havia, àquela hora, aproximadamente 750 pessoas, em sua maioria funcionários do Banco Crefisul, que ocupava a maior parte dos 25 pavimentos do prédio. A seqüência de cenas registradas no episódio, que ficaram para a posteridade, são imagens de terror: gente se atirando pelas janelas, corpos carbonizados pelas chamas. Ao completar 30 anos, a catástrofe do Joelma, onde morreram 187 pessoas, permanece como um trauma para os paulistanos.
Mas um dos sobreviventes daquele dia fatídico tem motivos para recordar a data com gratidão a Deus. Hoje pastor da Assembléia de Deus de Americana (SP), William Conceição Ferraz, 46 anos, era um adolescente e estava no Joelma a serviço, naquela manhã. Ele se convertera ao Evangelho um pouco antes, com 10 anos de idade. Escapou das chamas, como faz questão de dizer, “por um milagre”. William tinha 16 anos e trabalhava como office-boy num escritório. Recebeu de seus chefes a incumbência de ir até o prédio do Crefisul para retirar buscar cheques num valor elevado.
Ainda meio traumatizado com o acidente de automóvel que sofrera três meses antes, e no qual sua namorada morreu, o rapaz, preocupado com a importância da tarefa, seguiu para o Joelma acompanhado de dois seguranças da firma. Eles ficaram no térreo do edifício, situado na esquina da Avenida Nove de Julho com Rua Santo Antônio, aguardando o funcionário. William subiu para o 13º andar. “O prédio era muito chique, cheio de móveis de madeira, cortinas e carpetes”, lembra. Nem ele, nem mais ninguém, poderia suspeitar que toda aquela decoração, feita de materiais altamente inflamáveis, agravaria em muito o acidente que estava para começar.
O pastor conta que foi tudo muito rápido. “Logo o andar se encheu de fumaça e alguém deu o alarme. Dobrei meus joelhos e disse que Deus fizesse sua vontade na minha vida.” Em seguida, vi um anjo na minha frente.” A aparição espetacular, conta Willian, foi rápida – segundo ele, o anjo o conduziu ao único dos quatro elevadores do prédio que ainda funcionava, no qual uma ascensorista, freneticamente, subia e descia resgatando gente apavorada. A heroína anônima, contudo, não viveu para receber a gratidão pelo seu ato. O elevador, com ela dentro, foi engolfado pelas labaredas quando a moça tentou levá-lo até o 20º andar para buscar mais feridos.

Drama – Antes de escapar, Willian presenciou uma cena que jamais saiu de sua memória: uma mulher e seu bebê, bem à sua frente, sendo consumidos pelo fogo enquanto se debatiam. Já no térreo, junto a uma multidão de feridos, bombeiros, médicos e curiosos, ele teve noção de que escapara com apenas uma queimadura leve num dos braços. “Mas perdi alguns amigos, além de um irmão da igreja que foi encontrado carbonizado num banheiro”, lamenta. “O corpo tinha as mãos erguidas, como se ele tivesse clamado a Deus antes de morrer”, emociona-se o pastor.
Lá em cima, contudo, o drama continuava. As chamas foram controladas às 10h30, mas peritos avaliaram que a temperatura no interior do Joelma chegou a 100 graus centígrados – calor suficiente para desfigurar um corpo humano. Treze das vítimas jamais foram encontradas, o que deu origem à crendice popular chamada “As 13 almas benditas”. No topo do edifício, o desespero das pessoas sitiadas pelo fogo comoveu o país. Um grupo corria de um lado para o outro, desorientado, à espera do socorro que, para muitos, chegou tarde demais. Vinte pessoas se atiraram para a morte. Na calçada, um padre caminhava por entre os corpos estatelados no concreto para lhes dar a extrema-unção.
No meio da dor, houve também um momento de emoção: uma criança conseguiu sobreviver à queda. Sua mãe, com ela no colo, pulou do 15º andar e morreu na hora. Mas o choro chamou a atenção dos socorristas e a criança, embora machucada, teve tempo de ser levada ao hospital. O número de feridos passou dos trezentos, muitos com seqüelas e deformações.

Porta arrombada – Como para confirmar o dito de que só se põe fechadura depois de arrombada a porta, o incêndio do Joelma levou as autoridades e tomar providências para evitar que a tragédia se repetisse. Normas rigorosas de segurança passaram a ser exigidas dos condomínios, como instalação de portas corta-fogo, construção de escadas externas, melhor distribuição de equipamentos extintores e treinamento de equipes internas capazes de agir numa emergência.
Para o pastor, hoje casado e com três filhos, ficou a lembrança do milagre que o salvou da morte. E um certo receio de altura. “Ainda tremo quando vou andar de elevador”, conta, “mas sei que Jesus tinha um plano na minha vida aquele dia.” Mas sua experiência trouxe também conseqüências – estas, felizes – para outras pessoas. Ao voltar para o escritório, naquele dia, e contar aos colegas tudo o que lhe havia acontecido, vários deles, do faxineiro ao diretor, ficaram tão impressionados que entregaram suas vidas a Cristo. “Hoje, alguns são até pastores como eu”, comemora Willian.

ta feira, 1º de fevereiro de 1974, a cidade de São Paulo parou para assistir uma das piores tragédias de sua história. Eram 8h50 quando um curto-circuito num aparelho de ar condicionado provocou um incêndio no Edifício Joelma, plantado no centro da metrópole. Rapidamente, o fogo se alastrou a partir do 12º andar. No local havia, àquela hora, aproximadamente 750 pessoas, em sua maioria funcionários do Banco Crefisul, que ocupava a maior parte dos 25 pavimentos do prédio. A seqüência de cenas registradas no episódio, que ficaram para a posteridade, são imagens de terror: gente se atirando pelas janelas, corpos carbonizados pelas chamas. Ao completar 30 anos, a catástrofe do Joelma, onde morreram 187 pessoas, permanece como um trauma para os paulistanos.
Mas um dos sobreviventes daquele dia fatídico tem motivos para recordar a data com gratidão a Deus. Hoje pastor da Assembléia de Deus de Americana (SP), William Conceição Ferraz, 46 anos, era um adolescente e estava no Joelma a serviço, naquela manhã. Ele se convertera ao Evangelho um pouco antes, com 10 anos de idade. Escapou das chamas, como faz questão de dizer, “por um milagre”. William tinha 16 anos e trabalhava como office-boy num escritório. Recebeu de seus chefes a incumbência de ir até o prédio do Crefisul para retirar buscar cheques num valor elevado.
Ainda meio traumatizado com o acidente de automóvel que sofrera três meses antes, e no qual sua namorada morreu, o rapaz, preocupado com a importância da tarefa, seguiu para o Joelma acompanhado de dois seguranças da firma. Eles ficaram no térreo do edifício, situado na esquina da Avenida Nove de Julho com Rua Santo Antônio, aguardando o funcionário. William subiu para o 13º andar. “O prédio era muito chique, cheio de móveis de madeira, cortinas e carpetes”, lembra. Nem ele, nem mais ninguém, poderia suspeitar que toda aquela decoração, feita de materiais altamente inflamáveis, agravaria em muito o acidente que estava para começar.
O pastor conta que foi tudo muito rápido. “Logo o andar se encheu de fumaça e alguém deu o alarme. Dobrei meus joelhos e disse que Deus fizesse sua vontade na minha vida.” Em seguida, vi um anjo na minha frente.” A aparição espetacular, conta Willian, foi rápida – segundo ele, o anjo o conduziu ao único dos quatro elevadores do prédio que ainda funcionava, no qual uma ascensorista, freneticamente, subia e descia resgatando gente apavorada. A heroína anônima, contudo, não viveu para receber a gratidão pelo seu ato. O elevador, com ela dentro, foi engolfado pelas labaredas quando a moça tentou levá-lo até o 20º andar para buscar mais feridos.

Drama – Antes de escapar, Willian presenciou uma cena que jamais saiu de sua memória: uma mulher e seu bebê, bem à sua frente, sendo consumidos pelo fogo enquanto se debatiam. Já no térreo, junto a uma multidão de feridos, bombeiros, médicos e curiosos, ele teve noção de que escapara com apenas uma queimadura leve num dos braços. “Mas perdi alguns amigos, além de um irmão da igreja que foi encontrado carbonizado num banheiro”, lamenta. “O corpo tinha as mãos erguidas, como se ele tivesse clamado a Deus antes de morrer”, emociona-se o pastor.
Lá em cima, contudo, o drama continuava. As chamas foram controladas às 10h30, mas peritos avaliaram que a temperatura no interior do Joelma chegou a 100 graus centígrados – calor suficiente para desfigurar um corpo humano. Treze das vítimas jamais foram encontradas, o que deu origem à crendice popular chamada “As 13 almas benditas”. No topo do edifício, o desespero das pessoas sitiadas pelo fogo comoveu o país. Um grupo corria de um lado para o outro, desorientado, à espera do socorro que, para muitos, chegou tarde demais. Vinte pessoas se atiraram para a morte. Na calçada, um padre caminhava por entre os corpos estatelados no concreto para lhes dar a extrema-unção.
No meio da dor, houve também um momento de emoção: uma criança conseguiu sobreviver à queda. Sua mãe, com ela no colo, pulou do 15º andar e morreu na hora. Mas o choro chamou a atenção dos socorristas e a criança, embora machucada, teve tempo de ser levada ao hospital. O número de feridos passou d

 

Pastor lembra como escapou do trágico incêndio do edifício Joelma, há exatos 30 anos

Na manhã daquela sexta feira, 1º de fevereiro de 1974, a cidade de São Paulo parou para assistir uma das piores tragédias de sua história. Eram 8h50 quando um curto-circuito num aparelho de ar condicionado provocou um incêndio no Edifício Joelma, plantado no centro da metrópole. Rapidamente, o fogo se alastrou a partir do 12º andar. No local havia, àquela hora, aproximadamente 750 pessoas, em sua maioria funcionários do Banco Crefisul, que ocupava a maior parte dos 25 pavimentos do prédio. A seqüência de cenas registradas no episódio, que ficaram para a posteridade, são imagens de terror: gente se atirando pelas janelas, corpos carbonizados pelas chamas. Ao completar 30 anos, a catástrofe do Joelma, onde morreram 187 pessoas, permanece como um trauma para os paulistanos.
Mas um dos sobreviventes daquele dia fatídico tem motivos para recordar a data com gratidão a Deus. Hoje pastor da Assembléia de Deus de Americana (SP), William Conceição Ferraz, 46 anos, era um adolescente e estava no Joelma a serviço, naquela manhã. Ele se convertera ao Evangelho um pouco antes, com 10 anos de idade. Escapou das chamas, como faz questão de dizer, “por um milagre”. William tinha 16 anos e trabalhava como office-boy num escritório. Recebeu de seus chefes a incumbência de ir até o prédio do Crefisul para retirar buscar cheques num valor elevado.
Ainda meio traumatizado com o acidente de automóvel que sofrera três meses antes, e no qual sua namorada morreu, o rapaz, preocupado com a importância da tarefa, seguiu para o Joelma acompanhado de dois seguranças da firma. Eles ficaram no térreo do edifício, situado na esquina da Avenida Nove de Julho com Rua Santo Antônio, aguardando o funcionário. William subiu para o 13º andar. “O prédio era muito chique, cheio de móveis de madeira, cortinas e carpetes”, lembra. Nem ele, nem mais ninguém, poderia suspeitar que toda aquela decoração, feita de materiais altamente inflamáveis, agravaria em muito o acidente que estava para começar.
O pastor conta que foi tudo muito rápido. “Logo o andar se encheu de fumaça e alguém deu o alarme. Dobrei meus joelhos e disse que Deus fizesse sua vontade na minha vida.” Em seguida, vi um anjo na minha frente.” A aparição espetacular, conta Willian, foi rápida – segundo ele, o anjo o conduziu ao único dos quatro elevadores do prédio que ainda funcionava, no qual uma ascensorista, freneticamente, subia e descia resgatando gente apavorada. A heroína anônima, contudo, não viveu para receber a gratidão pelo seu ato. O elevador, com ela dentro, foi engolfado pelas labaredas quando a moça tentou levá-lo até o 20º andar para buscar mais feridos.

Drama – Antes de escapar, Willian presenciou uma cena que jamais saiu de sua memória: uma mulher e seu bebê, bem à sua frente, sendo consumidos pelo fogo enquanto se debatiam. Já no térreo, junto a uma multidão de feridos, bombeiros, médicos e curiosos, ele teve noção de que escapara com apenas uma queimadura leve num dos braços. “Mas perdi alguns amigos, além de um irmão da igreja que foi encontrado carbonizado num banheiro”, lamenta. “O corpo tinha as mãos erguidas, como se ele tivesse clamado a Deus antes de morrer”, emociona-se o pastor.
Lá em cima, contudo, o drama continuava. As chamas foram controladas às 10h30, mas peritos avaliaram que a temperatura no interior do Joelma chegou a 100 graus centígrados – calor suficiente para desfigurar um corpo humano. Treze das vítimas jamais foram encontradas, o que deu origem à crendice popular chamada “As 13 almas benditas”. No topo do edifício, o desespero das pessoas sitiadas pelo fogo comoveu o país. Um grupo corria de um lado para o outro, desorientado, à espera do socorro que, para muitos, chegou tarde demais. Vinte pessoas se atiraram para a morte. Na calçada, um padre caminhava por entre os corpos estatelados no concreto para lhes dar a extrema-unção.
No meio da dor, houve também um momento de emoção: uma criança conseguiu sobreviver à queda. Sua mãe, com ela no colo, pulou do 15º andar e morreu na hora. Mas o choro chamou a atenção dos socorristas e a criança, embora machucada, teve tempo de ser levada ao hospital. O número de feridos passou dos trezentos, muitos com seqüelas e deformações.

Porta arrombada – Como para confirmar o dito de que só se põe fechadura depois de arrombada a porta, o incêndio do Joelma levou as autoridades e tomar providências para evitar que a tragédia se repetisse. Normas rigorosas de segurança passaram a ser exigidas dos condomínios, como instalação de portas corta-fogo, construção de escadas externas, melhor distribuição de equipamentos extintores e treinamento de equipes internas capazes de agir numa emergência.
Para o pastor, hoje casado e com três filhos, ficou a lembrança do milagre que o salvou da morte. E um certo receio de altura. “Ainda tremo quando vou andar de elevador”, conta, “mas sei que Jesus tinha um plano na minha vida aquele dia.” Mas sua experiência trouxe também conseqüências – estas, felizes – para outras pessoas. Ao voltar para o escritório, naquele dia, e contar aos colegas tudo o que lhe havia acontecido, vários deles, do faxineiro ao diretor, ficaram tão impressionados que entregaram suas vidas a Cristo. “Hoje, alguns são até pastores como eu”, comemora Willian.

os trezentos, muitos com seqüelas e deformações.

Porta arrombada – Como para confirmar o dito de que só se põe fechadura depois de arrombada a porta, o incêndio do Joelma levou as autoridades e tomar providências para evitar que a tragédia se repetisse. Normas rigorosas de segurança passaram a ser exigidas dos condomínios, como instalação de portas corta-fogo, construção de escadas externas, melhor distribuição de equipamentos extintores e treinamento de equipes internas capazes de agir numa emergência.
Para o pastor, hoje casado e com três filhos, ficou a lembrança do milagre que o salvou da morte. E um certo receio de altura. “Ainda tremo quando vou andar de elevador”, conta, “mas sei que Jesus tinha um plano na minha vida aquele dia.” Mas sua experiência trouxe também conseqüências – estas, felizes – para outras pessoas. Ao voltar para o escritório, naquele dia, e contar aos colegas tudo o que lhe havia acontecido, vários deles, do faxineiro ao diretor, ficaram tão impressionados que entregaram suas vidas a Cristo. “Hoje, alguns são até pastores como eu”, comemora Willian.