O CONTRASTE ENTRE AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO.

06/07/2011 12:42

 

        A lista das graças do fruto do Espírito, como registrado em Gálatas 5:22,23, é precedida por uma lista do que Paulo chama de “obras da carne”. “Ora as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5:19-21).

        O fruto do Espírito é manifesto; ele não pode ser escondido. Assim também acontece com as obras da carne. Um homem cheio do Espírito pode ser reconhecido por seu fruto. O homem carnal pode ser identificado pelas suas obras. A manifestação do caráter do crente é chamada “fruto”, enquanto a do incrédulo carnal é chamada “obras”.

        O homem carnal é aquele que não é dominado pelo Espírito de Deus interior. O conflito na personalidade é uma luta entre o “eu” e Cristo.

        Se o ego   vence, ele se torna o centro da personalidade e o indivíduo torna-se egocêntrico. Se cristo vence, Ele se torna o centro da personalidade e o indivíduo é cristocêntrico. O resultado de uma vida egocêntrica é a manifestação das obras da carne. O resultado de uma vida cristo3cêntrica é a manifestação do fruto do Espírito.

        O princípio da produção do fruto é o princípio da vida. O fruto não é feito, ele cresce. Samuel Chadwick, referindo-se à passagem em Gálatas 5, disse:

        “O aspecto mais surpreendente é a mudança enfática de obras para fruto. As obras pertencem à oficina; o fruto, ao jardim. Um vem da engenhosidade da fábrica, o outro é o crescimento silencioso da vida abundante. A fábrica trabalha com matéria morta, o jardim cultiva forças vivas para seu fim designado. As obras estão sempre na esfera das coisas sem vida. Cada edifício é construído de matéria morta. A árvore precisa morrer para ser usada pelo construtor. Não há vida nas pedras e tijolos, nas vigas de aço e suportes de ferro. Tudo está morto e em processo de desintegração. Nada do que é material é duradouro. As melhores obras do homem falham e se desvanecem, se desintegram e desaparecem...O fruto não é produzido pelo trabalho do homem. Ele exige sua diligência, mas não é sua invenção ou seu produto. Ele não faz as flores. Nenhum habilidade sua provoca a colheita dourada dos campos, ou os frutos suculentos nas árvores. Quando o homem já fez tudo o que estava ao seu alcance, Deus então começa e a vida é gerada. O fruto é obra de Deus. A expressão “fruto do Espírito” atribui as graças do caráter cristão à sua fonte apropriada. Elas não são produzidas pelo homem”.

        A diferença entre as obras da carne e o fruto do espírito é portanto bastante evidente. A carne produz obras; O Espírito produz fruto. O primeiro resultado exige esforço próprio; o segundo,nenhum esforço da carne. Um é produto da fábrica, o outro do Jardim. Um está morto; o outro, vivo. Um é da carne; o outro do Espírito.

 

Por Jair Martins Fernandes.