O NEVOEIRO DA DEPRESSÃO

27/06/2011 18:21

Numa fria manhã de julho de 1952, Florence Chadwik lançou-se nas águas da ilha Catalina, pretendendo atravessar a nado o canal que leva ao litoral da Califórnia. Apesar de ser uma experiente nadadora de longas distâncias, Florence sabia que essa travessia ia ser difícil. A água estava fria a ponto de adormecer os sentidos, e a neblina era tão densa que ela mal conseguia enxergar o barco em que o treinador a acompanhava.

Florence nadou durante mais de quinze horas. Várias vezes conseguia sentir tubarões nadando perto dela nas águas escuras. Do barco do treinador dispararam-se rifles para ajudar a manter os tubarões na baía. Apesar disso, quando Florence olhava em volta dela, tudo que conseguia enxergar era o nevoeiro. Quando finalmente pediu para ser retirada da água, estava a apenas oitocentos metros da chegada. Numa entrevista posterior, Florence confessou que não foi o frio, o medo nem a exaustão que a fizeram abandonar a travessia do canal da Catalina. Foi o nevoeiro.

As lutas que enfrentamos às vezes podem envolver-nos num nevoeiro de depressão. Lembre-se: mesmo se não conseguir enxergar o fim de seu problema, continue em frente. Deus não lhe trouxe até aqui para abandoná-lo. Ele está aí fora da neblina, esperando você chamá-lo.
“Eu (Jesus) lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.”  (João 16.33).